segunda-feira, 4 de junho de 2012
Congresso comemora centenário do primeiro governador do Amapá
O Deputado
Luiz Carlos (PSDB/AP) participou hoje (4), da sessão solene do Congresso
Nacional que homenageou o centenário do primeiro governador do Amapá, Janary
Gentil Nunes.
A homenagem aconteceu
no Plenário do Senado, presidida pelo SenadorJosé Sarney, também estiveram presentes
Senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), Sebastião Bala Rocha (PDT/AP) e
familiares do governador.
“Com
seu espírito de brasilidade, Janary Nunes construiu o Amapá. Deu ares de cidade
à Macapá, abriu ruas, criou bairros, construiu escolas, hospitais, abriu estradas. Criou um serviço de
navegação, de abastecimento de água, estabeleceu os denominados serviços
industriais, com uma olaria para a confecção de material cerâmico.
Criaram-se
os municípios de Macapá, Mazagão e Oaipoque e iniciou a rodovia que iria unir
os amapaenses, a então BR -15, hoje BR-156.
Aliás, como já disse alhures Janary iniciou a construção do hoje estado do Amapá e o fez com grande sacrifico pessoal, nos
primeiros anos de seu trabalho, morreu de doença endêmica sua mulher Iracema Carvão Nunes.
Porém,
isso foi apenas um detalhe do trabalho de Janary. Trouxe com ele para o Amapá, muito mais, do que obras, serviços, saúde, saneamento e bem estar. Trouxe para um povo
algo fundamental: ESPERANÇA. E o fez
através de um lema que, hoje, certamente seria o cerne de muitas políticas públicas em execução. Criou a denominada MÍSTICA
DO AMAPÁ, uma ideia ousada que permitiria transformar o Amapá em lugar feliz onde se
pudesse viver com dignidade. Esta, certamente, a maior contribuição para os
amapaenses. A mística do Amapá, permitiu o despertar da etnia amapaense, haja
vista que a maioria dos amapaenses daquela época , não podiam olvidar que nasceram paraenses.
Não
que algo houvesse contra os irmãos paraenses, porém os então amapaenses, precisavam de algo, mágico, etéreo, que os unisse. A Mística do Amapá,
preencheu esse espaço.
É
bem verdade que Janary no Amapá, teve seguidores fiéis mas também adversários
ferrenhos. E essa dicotomia, longe de destoar, trouxe mais força ao Amapá que sem qualquer dúvida,
tinha um grande líder mas também tinha quem o contestasse. E a contestação, na
vida quotidiana, tal como o contraditório no âmbito da justiça, são irmãos
siameses, sobretudo pelo papel
democrático que representam.
Não
foi por acaso que o grande dramaturgo Nelson Rodrigues, afirmou “que toda unanimidade é burra”.
E
foi esse embate político que fez de Janary Nunes um líder nacional. E essa
projeção valorizou seus opositores, dentre eles meu pai, jovem estudante do
Colégio Amapaense, que a ele se opôs em 1966 e perdeu, porém foi vitorioso em
1970, juntamente como uma plêiade de universitários que elegeram o
professor Antônio Pontes.
Mas,
isso hoje é apenas história, que engrandece o grande brasileiro Janary Nunes
que não prestou serviços somente ao Amapá, Janary Nunes foi presidente da
Petrobrás, a maior empresa da América Latina, tanto naquela época quanto hoje.
Foi também embaixador do Brasil na Turquia, o que demonstra o
tamanho de seu prestígio.
Na
condição de amapaense dúplice, pois
nasci nas mãos de uma enfermeira/parteira, na cidade de
Amapá, no então Território Federal do Amapá, é que neste momento solene, reverencio, JANARY
NUNES, usando as palavras do poeta ao
dizer que: “QUEM NESTA VIDA NÃO SOFREU É PORQUE NÃO VIVEU.”
Texto: Ascom/Dep Luiz Carlos
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